Sentinelas da primavera, os espargos selvagens começam a despontar depois das chuvas e dos dias amenos que anunciam a estação da renovação. “O mais delicado dos vegetais”, como lhe chamava Grimod de la Reynière, gosta da companhia da vinha e da oliveira e é junto a elas que se costuma encontrar o espargo selvagem. De cor verde escura sobretudo, mas com exemplares a puxar ao violeta, é um vegetal tenro, carnudo, crocante e acidulado que sabe tanto melhor quanto mais mal passado estiver. Parente das cebolas e do alho francês, exibe-se em mais de 300 espécies sendo que só 20 são comestíveis. Podem encontrar-se um pouco por todo o país mas é em Trás-os-Montes e no Alentejo que moram os mais saborosos.
Foto © Revista de Vinhos