Larau, sabe o que é? Alex Melo e Filipe Bilro, chefs fundadores do restaurante homónimo em Estremoz, explicam: “o larau era uma palavra usada na apanha da azeitona no alto Alentejo que designava o pano de serapilheira para a apanha da mesma”. É com as raízes bem fincadas nas origens que portuguesas que os chefs criam o conceito do Larau que gira em torno da partilha, da sazonalidade e do local.
Ana Leão tem alma de viajante e a sua cozinha também. Nascida no Porto, a chef partiu cedo em busca de mundo; passou por Espanha e pelo el Bulli, mudou-se para Austrália onde tem estado nos últimos anos e há cerca de um está de volta a Portugal e, por agora, estacionada em Vila Nova de Milfontes. A fundadora do projecto Colher Torta, dedicado a eventos gastronómicos pop up, abraça em paralelo um novo desafio: a cozinha do Statera do Hotel Selina, onde se propõe fazer aquilo que mais gosta, cozinhar com ingredientes (es)colhidos a dedo por si, cozinhá-los e partilhá-los com o mundo.
Cozinha alentejana de conforto com sabor a casa, a memórias e tradição. Em Porto Covo, Ana Moura abre o seu primeiro restaurante próprio pensado de raíz para este lugar onde também ela tem raízes. No Lamelas (o apelido da família materna, natural de Porto Covo), a Chef presta a sua homenagem à gastronomia local trazendo ao prato a sua reconhecida criatividade.
Memória, inovação, respeito e tradição; são estes os quatro pilares d’A Cozinha de António Loureiro. O chef vimaranense traçou um percurso notável que culmina com a conquista, em 2018, da sua primeira estrela Michelin. O seu restaurante no coração de Guimarães tem “o compromisso de projetar a identidade da Cozinha Portuguesa conjugando o receituário português à criatividade da cozinha de autor”. Outro importante galardão d’A Cozinha é a Green Key, um reconhecimento internacional pelas boas práticas ambientais implementadas. Para o chef “cozinhar é um ato de bondade, uma paixão e uma arte quando provoca emoção. Uma viagem que me faz feliz e deixa os outros felizes.“
Alentejano de gema, o chef António Nobre é uma das figuras da gastronomia alentejana. Acérrimo defensor dos sabores e aromas da região e apaixonado pelos magníficos produtos locais: do peixe de rio ao azeite, sem esquecer a carne e o pão. Além de comandar a cozinha do grupo MAR De AR Hotels , o premiado chef é confrade da Confraria Gastronómica do Alentejo, autor de livros de culinária e escriba de gastronomia em variados jornais e sites da especialidade.
Com um percurso já extenso, onde se inscrevem nomes como Rota das Sedas, O Viajante, Taberna do mercado ou DOM, Bruno Caseiro é reconhecido pela sua cozinha despretensiosa. Na Comporta o chef abriu em 2017 o Cavalariça Comporta, um espaço de referência na região que, no ano passado, abriu portas a um restaurante homónimo no Cais do Sodré, em Lisboa.
É um dos talentos desta nova geração portuguesa de chefs que passou pela alta gastronomia, nacional e internacional, para chegar à sua interpretação da cozinha regional, unindo técnica com sabores de memória e história familiar. N’ O Frade, apresenta uma cozinha alentejana com mais “bagagem” de produtos e conhecimentos.
Alentejano de essência, o chef do Basilli, restaurante do Torre de Palma Wine Hotel, defende que o segredo para um grande prato alentejano é “tempo”, tanto para o detalhe da confeção como para o saborear à mesa. Apresenta pratos emblemáticos desta região com inovações na sua apresentação, envolvendo os clientes e mantendo os sabores tão especiais desta região.
Filipe Rebocho e João Narigueta conheceram-se na cozinha do restaurante L’and Vineyards, em Montemor-o-Novo. Do gosto em comum pela genuína gastronomia portuguesa, e depois de um extenso trabalho de pesquisa em bibliotecas e universidades no qual identificaram vários ingredientes que eram comuns no passado e hoje caíram no esquecimento, nasceu o Hibrido: um restaurante que quer “renovar a tradição gastronómica em Évora” com foco na “sustentabilidade, respeito pelo produto e tradição esquecida”. A ementa baseia-se em produtos e receitas antigas abordados com uma técnica e olhar moderno e faz gala nos produtos locais e sazonais. Se estiver por Évora, marque mesa!
Timoneiro do Restaurante Aperta, em Campo Maior,é um chef rigoroso,criativo e audaz. O chef homenageia o azeite, vinho e café desta região do Alentejo com o perfecionismo que o caracteriza.
O chef Hugo Bernardo encontrou em Estremoz e no The Folly Restaurant o palco ideal para a sua cozinha centrada nos produtos locais e sazonais. O The Folly Restaurant, cujo projeto alberga também uma adega urbana que produz vinhos premium, é conhecido por reproduzir numa versão mais contemporânea alguns pratos da gastronomia alentejana.
Se esteve atento ao Masterchef lembrar-se-á da famosa “flor de chocolate” que deixou todos boquiabertos. O autor é o homem na imagem: o chef pasteleiro Joaquim Sousa. Natural de França, onde deu início ao seu percurso profissional, chegou a Portugal em 2001 e passou por algumas das principais cadeias de hotéis e da também pela Ladurée Paris em Lisboa. Hoje podemos encontrá-lo de volta ao Hotel The Oitavos , em Cascais, onde assina a nova carta de sobremesas para o Ipsylon Restaurante & Bar. Criativo e perfeccionista, Joaquim Sousa vive em busca da próxima grande surpresa.
Referência absoluta no Alentejo, o Tombalobos é um dos projectos de vida de José Júlio Vintém. Chef autodidacta e investigador compulsivo de produtos praticamente esquecidos, inspira-se na riqueza gastronómica do Alentejo para dar largas à criação. No Tombalobos mora uma cozinha que honra a sazonalidade, a ruralidade e a autenticidade.
Leopoldo Calhau trocou o estirador do atelier de arquitectura pelos tachos e panelas. Pratica uma cozinha marcada pelas raízes alentejanas da família. O fundador e coração pulsante da Taberna do Calhau afirma que as receitas tradicionais são o grande pilar da sua cozinha e a sua a inspiração.
O Tua Madre é um tasco de vinho artesanal e petiscos de influência italiana e mediterrânica com produtos de pequenos produtores portugueses. Um projecto feito a quatro mãos: duas de Marisa Tiago e duas de Francesco Angelo Ogliari. Marisa tem a seu cargo a garrafeira. Francesco toma conta da cozinha. A dupla convida-o a passar um serão agradável entre copos e petiscos no coração de Évora.
Michele Marques trocou o estado do Rio de Janeiro por Portugal em 2005 e em 2010 descobriu, à boleia de uma viagem a Itália, que era a cozinha a sua vocação. Três anos depois o sonho ganhava vida na Mercearia Gadanha, um espaço de referência em Estremoz, que combina sob o mesmo tecto uma garrafeira, uma mercearia e um restaurante, onde a melhor tradição alentejana é interpretada pela veia criativa de Michele, com recurso a técnicas e apresentação de uma deliciosa modernidade.
A cozinha de Ricardo Leite vem da infância, da família, de Trás-os-Montes, das viagens. O chef que trocou o diploma em Engenharia Informática por uma inscrição na Cordon Blue de Londres, reconhece que o seu percurso profissional foi fortemente marcado pelo trabalho que desenvolveu sob a alçada do chef Alexandre Silva, com quem trabalhou na Bica do Sapato, no Loco e no Mercado da Ribeira. Há dois anos Ricardo Leite trocou Lisboa por Porto Covo onde abriu o seu Alma Nómada, um espaço que vive ”em sintonia com a vontade da natureza. Respeitando ventos, marés e equinócios. Colhendo da terra o que o mar não dá e pescando no mar o que a terra não produz”.
No coração da cidade que o viu nascer, o escalabitano Rodrigo Castelo consegue o que parece impossível: agradar a gregos e troianos, isto é, a apreciadores da tradição e fanáticos da modernidade. A Taberna Ó Balcão que abriu em 2013 no centro de Santarém é o ponto alto – à data – de um percurso culinário que começou por curiosidade e instinto. De inspiração tradicional, a cozinha contemporânea da Taberna aborda os melhores produtos ribatejanos com o olho e o gosto de quem os conhece e respeita profundamente.
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