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O Natal, o frio e os licorosos

Joao Paulo Martins

“Na época que atravessamos temos um apelo maior por determinado tipo de vinhos em detrimento de outros. Os vinhos mais leves e que devem ser bebidos bem frescos são postos de lado e alguns outros, como os licorosos, passam a ter uma presença mais assídua. Portugal tem licorosos produzidos em todas as regiões. Naturalmente que os clássicos Porto, Madeira e Moscatel têm a primazia, com este último a ter duas zonas distintas de produção: Setúbal e Favaios. Outras regiões, como Lisboa, têm alguma tradição na produção de licorosos, como na Quinta do Sanguinhal, a alentejana Herdade do Mouchão também tem um licoroso cuja história é já centenária e hoje são muitos os produtores que ensaiam fazer vinhos que seguem os métodos do Vinho do Porto: adição da aguardente a meio da fermentação, parando o processo fermentativo e resultando daí um vinho mais ou menos doce, dependendo do momento da adição do espírito. Há assim um conjunto muito alargado de opções e algumas delas são verdadeiras surpresas. Nos dias frios que correm, estes são os companheiros predilectos do serão à lareira ainda que devam ser consumidos ligeiramente refrescados.”