“Esta extensa região, situada a norte do Douro, tem muitas características comuns com a região duriense mas outras são bem diferentes. Aqui, muito mais do que uma viticultura de montanha, pratica-se uma viticultura de planalto, com condições excepcionais não só para o cultivo da vinha como de outros produtos hortícolas e frutícolas, com destaque para a oliveira e produção de azeite. O clima seco favorece a agricultura bio e aqui é fácil produzir bem. É verdade que as castas utilizadas não diferem das do Douro mas algumas, como a Tinta Amarela, têm aqui uma melhor expressão e das vinhas velhas nascem também vinhos de grande gabarito. Aquela variedade tinta ganhou mesmo foros de casta emblemática da região, muitas vezes a surgir em lote com outras variedades como a Tinta Roriz e, crescentemente, a Touriga Nacional. As zonas de Valpaços, Mirandela, Chaves e Macedo de Cavaleiros têm contribuído para que Trás-os-Montes deixe de ser, de uma vez por todas, uma região pouco falada e com pouca atenção do consumidor. Os vinhos são os melhores embaixadores da região e eles aí estão a mostrar muita qualidade (ainda) a preços muito convenientes.”