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Boticas entre mortos e vivos

Joao Paulo Martins

“Os vinhos de Boticas têm história antiga, chamados de vinhos dos mortos. A história remonta às invasões francesas quando, para evitar que lhos roubassem, a população enterrou os vinhos (daí o nome). Eram vinhos de pouca graduação e algum gás. Ainda hoje se produzem com aquelas características, como curiosidade de cariz etnográfico. No global os vinhos transmontanos continuam na sua marcha lenta em direcção à notoriedade que merecem. Beneficiando de um clima temperado em que aos invernos frios se sucedem estios de temperaturas altas, as vinhas encontram aqui boas condições para medrarem. É verdade que a proximidade do Douro lhes retira protagonismo mas além das castas que são mais características da zona, como a Tinta Amarela, a região pode ainda gabar-se de um acervo alargado de vinhas velhas que vão permitir revelar os segredos que esta vasta região encerra. São vários os produtores que estão a puxar por este património. É por isso expectável que boas surpresas daqui possam sair.”