Embora o nome evoque o livro de E. M. Remarque, aqui, ao contrário do que dizia o autor, há tudo de novo. A região de Lisboa, até pela extensão que tem, alberga uma ampla variedade de solos e micro-climas que geram vinhos diferentes. É o caso claro que muitas pequenas regiões inseridas numa outra que lhe serve de chapéu. Há de tudo, desde vinhos brancos, espumantes, rosés, tintos com muitos pergaminhos (Colares), generosos (Carcavelos) e aguardentes (Lourinhã). Temos vinhos «marítimos» marcados pelo mar (como os brancos de Colares, porexemplo) e outros da serra, secos, minerais mas com carácter. As possibilidades de escolha em relação à culinária são por isso imensas, sendo que o pimento evoca sempre uma relação não consensual com vinhos brancos, mas…há que ousar. Escolhi um branco porque estamos no Verão e escolhi de Bucelas, uma das regiões demarcadas mais antigas que temos em Portugal, remontando ao início do séc. XX a sua criação. Ali brilha também a mais importante casta branca que temos em Portugal, a Arinto. Arintos há muitos mas como o de Bucelas, não vale a pena procurar.